quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Peru

Dia 29
O dia da viagem que mais rendeu: Peru.
Saímos de Piura às 10 da manhã e conseguimos percorrer mil Km até Lima, a capital. Chegamos depois da meia noite. A Infra-estrutura de estrada do Peru impressiona, exceto a falta de desvios de centros urbanos, os mais de mil km percorridos em território do Peru encontramos as melhores estradas. Segundo um policial que nos parou para checar a documentação e nos forçou a dar uma propina de 3 dólares, foi o que dissemos a ele que poderíamos dar, disse que toda esta Infra-estrutura teria sido feita pelo Fujimore e que os carros de policia que usam até hoje ainda são do tempo em que ele estava no poder. No Peru, onde a moeda e chamada de Sol é necessário que o visitante saiba que a gasolina é quase o dobro do preço do Equador. Então, nunca deixe de encher o tanque do lado do Equador antes de entrar no Peru. Os postos antes da fronteira todos fecham às 4 da tarde e como a fronteira é muito deserta e sem nenhum movimento, não encontrarás ninguém fazendo câmbio como acontecera em todas as outras fronteiras. O viajante tem que prestar atenção porque muito poucos postos aceitam cartão de credito e ademais, no extremo norte do país não tem muita densidade demográfica e quase não encontras posto de gasolina e tem pedágios. Então, provavelmente se não se precaver ou não souber poderás correr o risco de ficar sem gasolina. Não foi o nosso caso, mas gostaríamos de ressaltar que isto talvez seja uma informação importante. Se viajar à noite no Peru, o que não é ruim, preste muita atenção nos animais na estrada, a quantidade é muito acima do normal.
No Peru, até o momento, foi onde vimos pobreza mais crônica. Em quase todas as cidades tem favelas. Apesar de ter sido o lugar de maior movimento, não notamos que esta movimentação tenha transmitido riqueza a população.
O deserto do Peru por onde passamos é muito lindo e também muito estranho. A definição de deserto até conhecer o Peru seria uma área cronicamente árida sem nenhum tipo de vegetação. O que conhecemos aqui no Peru muda esta definição: deserto é uma área incrivelmente grande, intensamente branca, não desolado que chove e tem muita água doce disponível. Isso mesmo, a definição parece uma contradição, mas explicaremos porque não. O deserto do Peru que vimos hoje na extensão dos mil km que viajamos fica localizado entre o mar e a cordilheira dos Andes e provavelmente dispõe de um imenso lençol freático. Porque de alguma forma, grandes áreas foram irrigadas e transformadas em verdadeiros oásis de produção agrícola. Na imensidão de areia branca os peruanos produzem em larga escala aspargo, morango, uva, cana de açúcar, mamão, manga e etc… A cena é muito curiosa e intrigante, pois no meio do branco a gente vê retalhos verdes.
Outra coisa que achamos importante salientar é que as belíssimas estradas do Peru são muito vigiadas, o plantel policial que vigia as estradas é imenso, aconselhamos não ultrapassar a velocidade permitida que é de 80 km por hora.
Hoje vamos conhecer Lima e seguir viagem até Pisco onde deveremos deixar o conforto da estrada reta e seguir em rumo a Machu Pichu.